Após rodar festivais pelo mundo, filme Mar Negro estreia 'em casa'
Produção do cineasta Rodrigo Aragão foi gravada em Guarapari.
Próximos destinos são Vitória, Goiânia, Curitiba e Recife.
Uma história de terror que já rodou o mundo em festivais de cinema agora será exibida no berço em que foi criado: a cidade de Guarapari, no Espírito Santo. A produção cinematográfica capixaba "Mar Negro" entra no circuito estadual nesta sexta-feira (10), no Cine Ritz.
Filme capixaba encanta amantes do terror. (Foto: Divulgação/ Mar Negro) |
Orgulhoso por estar em casa, o diretor, Rodrigo Aragão, garante que os capixabas vão conhecer um universo novo. "Criei um Espírito Santo mágico, imaginário, cheio de criaturas fantásticas", disse. Segundo ele, os próximos destinos de "Mar Negro" são Vitória, Goiânia, Curitiba e Recife.
Inteiramente filmada em paisagens guaraparienses, a obra passou por diversas cidades antes de prestigiar seu lugar de origem. "Nós já passamos por todos os festivais de cinema fantástico da América Latina, já rodamos 28 festivais no mundo inteiro, mas é interessante mostrar a obra em casa. É muito interessante as pessoas se verem na tela de cinema, até porque o filme tem aspectos, dialetos, que só o povo guarapariense vai entender. Esse prazer que o espectador vai sentir é coisa rara", explicou Aragão.
No filme, uma vila de pescadores do município é assombrada por uma mancha negra que se aproxima do litoral e que transforma animais marinhos em predadores assassinos. Para o diretor da obra, Rodrigo Aragão, a produção tende a chamar a atenção do telespectador para a poluição despejada no litoral do balneário. "Eu moro em uma cidade linda que vem sendo destruída sistematicamente. É muito difícil falar daqui sem tocar nesse problema", contou.
Tem que acabar com essa história de que santo de casa não faz milagre"
Rodrigo Aragão
Sem nenhum apoio ou patrocínio financeiro, Aragão também é o responsável pelos efeitos especiais do filme e tem em casa o estúdio do qual nascem os monstros e zumbis presentes em suas filmagens. "Sem nenhum apoio, meus filmes são feitos por um produtor amigo, o Hermann Pidner, que acredita no meu trabalho e investe em mim. Nós compartilhamos um sonho louco de fazer cinema autossustentável no Brasil. Tem que acabar com essa história de que santo de casa não faz milagre", disse.
Trilogia
O sucesso experimentado por Aragão vem de uma experiência com outras duas produções que, embora em menores proporções, conquistaram boa parte do público apaixonado pelo cinema lúdico. "Esse é o terceiro filme. Todos são de terror e se passam em ambientes típicos de Guarapari. O primeiro, "Mangue Negro", foi feito em um manguezal. Depois, "A Noite dos Chupacabras" se passa na Mata Atlântica. Por fim, Mar Negro se passa no litoral, em Perocão. Colocamos uma historia de terror em cada ambiente", contou.
Motivado pela aceitação das obras, o diretor já almeja novos projetos. "Já estou trabalhando em outros dois projetos. Um piloto para série de televisão e outro para cinema, inclusive com personagens de "Mar Negro", explicou.
Fonte: Portal G1
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